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Como conduzir o processo de desfralde da melhor forma possível?

Foto do escritor: Cláudia FariaCláudia Faria

Hoje trago mais uma convidada à nossa rubrica semanal com o tema desfralde.


A Lívia Rolim é psicóloga, especialista em psicologia clínica com ênfase em crianças e

adolescentes e mestre em saúde materno infantil. Trabalha com consultoria educacional, com um grande enfoque no desfralde e na retirada da chupeta, dois aspetos do crescimento dos nossos pequenos que tanto preocupam os pais.


Para quem está a atravessar dificuldades ou sente que tem muitas dúvidas em relação ao desfralde ou retirada da chupeta, aconselho a dar uma vista de olhos nas páginas da Lívia, sobretudo o blog onde estão alguns vídeos muito interessantes.


É importante referir que a abordagem da Lívia em relação a estes temas baseia-se na parentalidade consciente/positiva, ou seja, o bem-estar do bebé/criança é o fator mais importante a considerar nestes processos.


Vamos, então passar ao artigo que a Lívia nos preparou especialmente!



Como conduzir o processo de desfralde da melhor forma possível?



O desfralde é um momento extremamente importante para o desenvolvimento infantil. Para que esse processo aconteça de forma prática e amorosa e a criança não sofra consequências ruins nem no presente, nem no futuro, alguns fatores devem ser levados em consideração.


O xixi e o cocô têm um significado para cada criança. O fato dela ter que abandoná-los, dar

tchau, deixá-los ir, pode não ser tão simples quanto parece. O significado que cada criança

atribui ao xixi e ao cocô depende de muitos aspetos, dentre ele, do desenvolvimento e do momento específico que a criança esteja passando na vida dela na hora da retirada da fralda.


Portanto, o primeiro ponto a ser considerado é que o desfralde é um processo e que o tempo da criança precisa ser respeitado. Não são os adultos que determinam que “Chegou a hora!” de desfraldar. É preciso observar a criança. É preciso entender o momento dela e o que esse processo irá representar para ela.


O vínculo da criança com os cuidadores – as pessoas que cuidam dela, aqueles que ela tem

como referências – e a forma como esses cuidadores se comportam durante o processo,

também impacta diretamente na condução do desfralde. Os cuidadores precisam demonstrar apoio à criança nesse momento e evitar brigar com ela quando algo não acontecer conforme o esperado.


Evitar brigar com a criança quando algum escape acontecer é super importante. Claro que vão existir momentos difíceis, mas é fundamentar lembrar que esse é um processo muito difícil para a criança. Não brigar é a melhor maneira de ajudá-la a passar por esse momento. Com o apoio dos cuidadores, a criança se sentirá mais segura e o processo correrá de forma mais harmoniosa.


Outro ponto importante é entender que não se deve retirar a mamadeira, a fralda, a chupeta, tudo ao mesmo tempo. Assim como nós adultos, as crianças também precisam de um tempo para se organizar, para entender e viver cada perda. Portanto, é importante fazer uma retirada de cada vez.


Livrinhos de histórias ou vídeos que falem sobre o xixi e o cocô podem ser utilizados como uma forma de introduzir a criança ao assunto e tornar todo o processo de retirada da fralda mais tranquilo.


Por fim, é recomendado que se inicie esse processo pelo dia e não pela noite. De dia a criança compreende melhor o que está acontecendo e se torna mais consciente desse processo no qual ela é ativa e não passiva.


Respeitar o tempo da criança, compreender que esse é um momento difícil para ela e

demonstrar apoio são o caminho para um desfralde prático e amoroso.


Por Livia Rolim



Ficaram com dúvidas? Querem explorar um pouco mais estes temas?

Deixo aqui as páginas da Livia para que possam consultar:



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